Como a mudança de hábitos abriu oportunidades para a exportação de café na Ásia?
A exportação de café para a Ásia já é uma realidade, mesmo diante dos costumes e hábitos dos povos orientais que até então não conheciam o prazer de aproveitar essa deliciosa bebida que conquistou, faz muito tempo, o restante do mundo.
Conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo, sendo responsável por 38% da produção, seguido de longe pelo Vietnã e Colômbia.
Esse relatório estatístico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostrou que nosso produto chega a 120 países do mundo e a safra 2023/2024 possibilitou receitas que alcançaram US$ 9,826 bilhões, um recorde no segmento.
O mais interessante disso tudo é que estamos conseguindo fazer muito sucesso com nosso saboroso produto em diversos países, como a China, Japão, Vietnã, Indonésia, etc.
Isso vem acontecendo em função da mudança de hábitos da população daqueles países, contribuindo para resultados ainda melhores no que se refere à exportação de café brasileiro.
A relação da nova cultura asiática e a exportação de café
A globalização definitivamente é uma realidade em todo o mundo, quando hábitos e costumes passam a fazer parte do dia a dia da população.
Inclusive, alguns deles que não eram conhecidos anteriormente, como, por exemplo, a frequência diária de muitos asiáticos em cafeterias que se instalaram naqueles países.
Na China e Coreia do Sul, o café desbancou o chá e ganhou a preferência do público jovem.
O aumento do número de consumidores vem acontecendo em todo o continente e a popularidade da bebida vem crescendo, implantando um costume que até então não era conhecido pelo povo asiático.
Atualmente, muitas pessoas do oriente já fazem a tradicional e conhecida parada no expediente para tomar um bom café, refrescar a mente e estabelecer as energias para a continuidade de suas tarefas.
O impacto das cafeterias e das marcas internacionais
Tomando por base a China, hoje esse país possui mais de 50 mil cafeterias instaladas em seu território, oferecendo marcas internacionais e ambientes apropriados para que se possa saborear o delicioso cafezinho.
Para se ter ideia, a Luckin Cofee, maior rede de cafeteria chinesa, tornou-se a maior importadora de nossos produtos naquele país.
São 16 mil lojas espalhadas pelo território chinês, oferecendo o sabor brasileiro para a sua população.
De acordo com a Cecafé, um quarto da população daquele país, ou seja, 330 milhões de pessoas, consomem café, esse número era de 190 milhões no ano de 2013.
As marcas internacionais estão presentes por toda a Ásia, oferecendo os mais diversos gostos e aromas dessa tradicional e deliciosa bebida tão conhecida no hemisfério ocidental, isso viabiliza um aumento na exportação de café brasileiro.
Oportunidades e desafios para o Brasil na exportação de café
O Brasil continuará à frente do ranking na produção e exportação de café, conquistando também o mercado asiático.
No entanto, os desafios enfrentados pelos produtores e empreendedores desse segmento são muitos.
As questões logísticas podem ser um entrave, uma vez que o porto de Santos, principal canal das exportações desse segmento, enfrenta dificuldades no que se refere aos embarques dos produtos brasileiros, onde as alterações de escalas e atrasos são comuns no dia a dia das operações.
Outro problema enfrentado pelos produtores diz respeito às mudanças climáticas, já que no ano de 2023 a região cafeicultora do Espírito Santo enfrentou chuvas intensas, enquanto na Bahia a seca acabou prejudicando sensivelmente a produtividade.
Independente disso, o fato é que o setor se mostra otimista, especialmente com as oportunidades que se abrem na Ásia, quando a cada ano novos consumidores aderem ao bom hábito de saborear diariamente o seu cafezinho.
Aproveitando o assunto, vale a pena você também conferir nosso post que apresenta o mercado brasileiro de exportação no agronegócio e os atuais desafios!
Fontes: