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Tudo o que você precisa saber sobre o Ad Valorem

Entenda o que é Ad Valorem, como ele impacta o transporte de mercadorias e veja dicas para reduzir seus custos logísticos.

Tudo o que você precisa saber sobre o Ad Valorem
02 de Outubro de 2025

Índice

 

  1. Introdução
  2. O que é o Ad Valorem e como funciona?
  3. Como o Ad Valorem pode ser calculado?
  4. Ad Valorem x outros custos: não confunda
  5. Por que é importante ter o valor do CIF da carga no momento da cotação?
  6. Como reduzir o impacto do Ad Valorem



Você já se perguntou por que o frete pode ter valores tão diferentes mesmo para produtos semelhantes? Um dos fatores que influenciam diretamente nessa conta é o Ad Valorem, uma taxa que pode passar despercebida, mas que desempenha um papel essencial na proteção das mercadorias durante o transporte.

 

Seja por rodovias, ferrovias, mares ou pelos ares, não importa o modal, acidentes, roubos e outros imprevistos são riscos reais que fazem parte da rotina logística. 

 

Nessas horas, quem arca com o prejuízo? O que diz a legislação? É aí que entra o Ad Valorem. Vamos entender melhor?

 

O que é o Ad Valorem e como funciona?

 

O Ad Valorem, também conhecido como Frete Valor, é uma taxa aplicada sobre o valor das mercadorias no momento em que o frete é cotado. Seu principal objetivo? Cobrir os riscos do transporte, oferecendo uma compensação em caso de perdas, danos ou extravios.

 

Em outras palavras, essa taxa representa o seguro obrigatório que protege os produtos enquanto estiverem sob a responsabilidade da transportadora.

 

E não é um custo aleatório. Segundo dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), apenas em 2024, mais de 10 mil roubos de carga foram registrados no Brasil, gerando um prejuízo superior a R$ 1,2 bilhão.

 

Nesse cenário, as empresas contratadas para o transporte recorrem a seguros específicos e repassam parte desse custo ao cliente por meio do Ad Valorem.

 

Como o Ad Valorem pode ser calculado?

 

O cálculo do Ad Valorem é feito com base em um percentual que incide sobre o valor declarado da mercadoria. Mas, afinal, quais são os critérios que podem impactar esse valor?

  • Tipo de carga (fragilidade ou atratividade para roubos),
  • peso e volume do produto,
  • distância entre coleta e entrega,
  • regiões envolvidas na operação.

 

Além disso, a NTC disponibiliza uma tabela que serve de referência para o mercado. 

 

Uma carga mais leve e de alto valor, por exemplo, tende a ter um Ad Valorem mais elevado o que uma carga robusta e com baixo valor agregado. Isso faz sentido, não acha?

 

Ad Valorem x outros custos: não confunda

 

Nem toda taxa relacionada ao transporte é o Ad Valorem. É muito comum confundir esse custo com outras siglas logísticas. Vamos esclarecer?

 

GRIS (Gerenciamento de Risco): taxa adicional para produtos com maior risco de roubo.

 

AFRMM: Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante, cobrado no transporte aquaviário para fortalecer a frota brasileira.

 

THC (Terminal Handling Charge): taxa portuária aplicada à movimentação de contêineres nas operações internacionais.

 

Armazenagem: cobrada por manter a carga no terminal ou armazém além do tempo estipulado.

 

Demurrage: custo extra por ultrapassar o tempo de permanência do contêiner no porto.

 

Por que é importante ter o valor do CIF da carga no momento da cotação?

 

A escolha entre CIF e FOB influencia diretamente no custo e na responsabilidade pelo transporte. Você sabe qual a diferença?

 

CIF (Cost, Insurance and Freight): o vendedor assume os custos até a entrega da mercadoria ao comprador.

 

FOB (Free on Board): o comprador é quem assume os riscos e custos a partir da saída da mercadoria.

 

Optar pelo CIF pode ser uma excelente estratégia de negociação, já que oferece mais transparência e praticidade para o cliente final. 

 

Porém, para que a cotação do frete CIF seja precisa, é essencial informar o valor exato da carga, incluindo o Ad Valorem, desde o início.

 

Já pensou oferecer uma entrega onde o cliente sabe exatamente o que está pagando, sem surpresas? Essa é a proposta do CIF.

 

Como reduzir o impacto do Ad Valorem

 

Apesar de ser uma taxa essencial, é possível minimizar os impactos do Ad Valorem com boas práticas e planejamento logístico. Algumas estratégias incluem:

  • análise detalhada do valor declarado,
  • consolidação de cargas para diluir custos,
  • escolha inteligente das rotas e portos,
  • negociação de apólices com escopo adequado,
  • uso de embalagens que reduzam riscos,
  • revisão constante dos Incoterms utilizados.

 

Cada projeto logístico deve ser tratado de forma personalizada. Ao fazer isso, transportadoras e agentes de carga conseguem prever com mais precisão os custos, evitando surpresas desagradáveis no momento da emissão do frete.

 

No fim das contas, esse cuidado se traduz em mais lucratividade para a operação e mais segurança para os envolvidos.

 

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Fontes:

https://www.portalntc.org.br/

https://incodocs-com.translate.goog/blog/incoterms-2020-explained-the-complete-guide/?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt&_x_tr_pto=tc

 

 

 

FAQ – Ad Valorem no Transporte de Cargas

1. O que é o Ad Valorem?
É uma taxa aplicada sobre o valor da mercadoria para cobrir riscos de transporte, como perdas, danos ou roubos. Também é conhecido como frete valor.

 

2. Como o Ad Valorem funciona na prática?
Ele atua como um seguro obrigatório. A transportadora contrata seguros e repassa parte do custo ao cliente por meio dessa taxa.

 

3. Como o Ad Valorem pode ser calculado?
O percentual incide sobre o valor declarado da carga e varia de acordo com fatores como:

  • tipo da mercadoria (fragilidade ou risco de roubo),
  • peso e volume,
  • distância entre origem e destino,
  • regiões envolvidas na operação.

 

4. Qual a diferença entre Ad Valorem e outras taxas logísticas?

  • Ad Valorem: seguro calculado sobre o valor da carga.
  • GRIS: taxa adicional para gerenciamento de risco.
  • AFRMM: taxa do transporte aquaviário para renovar a frota nacional.
  • THC: taxa portuária pela movimentação de contêineres.
  • Armazenagem: custo por tempo de permanência em terminal.
  • Demurrage: multa por atraso na devolução de contêiner.

 

5. Por que o valor CIF é importante na cotação do Ad Valorem?
No frete CIF (Cost, Insurance and Freight), o vendedor assume os custos até o destino. Para que a cotação seja transparente e precisa, é essencial informar o valor exato da carga, incluindo o Ad Valorem, desde o início.

 

6. Quem paga o Ad Valorem: comprador ou vendedor?
Depende do Incoterm acordado. No CIF, o vendedor arca com o custo. No FOB, a responsabilidade é do comprador.

 

7. É possível reduzir o impacto do Ad Valorem?
Sim. Boas práticas incluem:

  • declarar corretamente o valor da carga,
  • consolidar envios para diluir custos,
  • escolher rotas e portos mais estratégicos,
  • negociar apólices de seguro adequadas,
  • usar embalagens que minimizem riscos,
  • revisar periodicamente os Incoterms adotados.

 

8. O Ad Valorem é obrigatório em todos os modais?
Sim. Ele pode ser aplicado em transportes rodoviários, ferroviários, aéreos e marítimos, sempre com o objetivo de proteger a mercadoria contra riscos.

 

 

 





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