Exportação de alimentos: confira como é o processo

A exportação de alimentos sofreu uma forte guinada nos últimos 50 anos, quando saímos de uma condição de compradores para o que hoje vem sendo apontado em todo o planeta como o “celeiro do mundo”.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil deverá, em 2024, tornar-se o maior exportador de produtos agrícolas do planeta.

Para se ter ideia desse potencial, a produção agrícola brasileira é quatro vezes maior do que as necessidades de consumo de nossa população.

Outro dado importante é que atualmente o país utiliza apenas 7% do seu território para a lavoura, alimentando aproximadamente 900 milhões de pessoas por ano

Neste post, apresentaremos detalhes sobre a exportação de alimentos e os documentos necessários para que sua empresa possa iniciar uma operação internacional. Continue lendo e saiba mais a esse respeito!

Exportação de alimentos atualmente

Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição mundial na produção de alimentos, segundo um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Na frente do Brasil estão:

• Estados Unidos,


• China,


• Índia.

Com relação às exportações e de acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária, nosso país comercializou em 2022 a quantia de US$ 159,09 bilhões, uma alta de 32% com relação ao ano anterior.

Para o ano de 2023, existe uma grande possibilidade de superarmos a Índia na produção agrícola e no ano de 2031, provavelmente, nosso país será o maior exportador de alimentos do mundo.

Como funciona o processo de exportação de alimentos? 

O primeiro passo para que uma empresa possa realizar a exportação de alimentos está em se habilitar junto à Receita Federal.

Isso significa cadastrar o empreendimento no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR) e no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

A partir dessa etapa, sua empresa está apta a desenvolver processos que envolvem exportação e importação de mercadorias, porém, para cada projeto a ser desenvolvido, uma série de documentos e ações se fazem necessárias.

Documentos necessários para realizar a exportação de alimentos

Para realizar uma venda internacional será preciso solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a Certidão de Venda Livre para Exportação de Alimentos (CVLEA), um documento que informa qual a vigência de registro sanitário do alimento a ser exportado, uma exigência dos países importadores de produtos brasileiros.

Além disso, os seguintes documentos deverão ser providenciados:

• fatura pró-forma,


• nota fiscal,


• fatura comercial (commercial invoice),


• certificado de embarque,


• romaneio,


• certificado de origem.

Também será necessário observar as exigências do país de destino, onde novos procedimentos deverão ser tomados para deixar toda a documentação em ordem.

Os principais desafios para esse tipo de exportação

Vencida a burocracia, alguns desafios podem surgir para consolidar a exportação, como, por exemplo:

Embalagens

Sua empresa deve estar atenta às exigências legais dos países importadores com relação às embalagens, como as informações necessárias que devem constar no rótulo.

Outro detalhe diz respeito a embalagens não-ecológicas que podem não serem aceitas em algumas nações, portanto, é fundamental conhecer as regras e tomar as devidas providências para evitar transtornos.

Ingredientes

Os ingredientes também precisam ser observados nesse processo, atendendo às exigências dos países importadores.

Alguns deles não aceitam corantes artificiais ou qualquer tipo de álcool. Além disso, podem exigir a inclusão de algum ingrediente específico.

Como se observa, a exportação de alimentos exige dedicação, trabalho e muita atenção durante todo o processo, portanto, nada melhor do que contar com especialistas para ajudar a sua empresa a conquistar o merecido espaço no mercado internacional.

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