Implementos agrícolas: desafios e oportunidades de mercado
Os implementos agrícolas fazem toda a diferença para o Brasil, afinal, somos o “celeiro do mundo” e precisamos muito de ferramentas adequadas para atender a demanda mundial.
Segundo o Banco BTG Pactual, nosso país é líder na exportação de sete alimentos, contribuindo para a alimentação e atendimento às necessidades calóricas de 900 milhões de pessoas, portanto, 11% da população global.
Nosso país detém a liderança e os seguintes índices na exportação dos seguintes alimentos:
- suco de laranja - 76%,
- soja - 56%,
- açúcar - 44%,
- carne de frango - 33%,
- milho - 31%,
- café - 27%,
- carne bovina - 24%.
Para conquistar essa liderança, altíssimos investimentos tiveram que ser realizados, onde a pesquisa, a tecnologia e muito trabalho estiveram presentes.
Dentre todos esses recursos disponíveis, os implementos agrícolas merecem destaque, já que o Brasil se tornou um grande comprador e, e em paralelo, vem se transformando em um fornecedor de soluções tecnológicas para a agroindústria.
Continue a leitura e confira!
Avanço do mercado asiático na importação de implementos agrícolas
A importação de máquinas e implementos agrícolas faz parte da realidade e do dia a dia dos empreendimentos brasileiros.
De modo especial, é perceptível o esforço que grandes indústrias da Ásia têm realizado para conquistar cada vez mais espaço em nosso país.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), no ano de 2023 o Brasil investiu R$ 73,7 bilhões nesse segmento.
Desse total, 24,6% tiveram a sua origem nos países asiáticos, como a China e a Coreia do Sul. Empresas daquele continente tem se instalado em nossas terras objetivando aumentar as suas participações no mercado nacional.
Para se ter uma ideia desse esforço, segundo a Abimaq, atualmente, 34 indústrias asiáticas no segmento de máquinas e implementos agrícolas possuem operações no Brasil.
Além disso, as importações brasileiras alcançaram, em 2023, o valor de US$ 276,3 milhões, o que representou um crescimento de 5% se comparado com o ano anterior, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (Mdic).
Desafios e perspectivas para os próximos meses
Apesar de todo esse avanço tecnológico e da entrada dos asiáticos em nosso país, oferecendo máquinas e implementos agrícolas, a indústria brasileira não está parada.
No entanto, as características dos produtos brasileiros são diferenciadas quando comparadas aos fabricantes que se instalam no Brasil ou que vendem seus produtos em nosso mercado.
Conforme a Abimaq, enquanto nossas importações estão concentradas em equipamentos de grande porte, nossas exportações são voltadas a máquinas e implementos de pequeno porte.
Isso significa o desenvolvimento de uma indústria nacional voltada a atender ao pequeno e médio produtor que precisa de equipamentos de menor custo, portanto, produtos com menor valor agregado.
O primeiro trimestre de 2024 não foi dos mais animadores no que se refere às exportações nesse segmento, sendo registrada uma queda de 23% nos resultados.
De acordo com Pedro Estevão, membro do conselho administrativo da Abimaq e presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas dessa Associação, não se espera aumento nas vendas desse setor no ano de 2024.
Mesmo diante desse quadro, segundo Estevão, estamos vivenciando um período de desafios visto como passageiro, onde a indústria brasileira desse setor deverá crescer nos próximos anos, especialmente em função da demanda por biocombustíveis.
Além disso, o governo brasileiro trabalha na divulgação dos produtos brasileiros nas feiras internacionais para gerar negócios e aumentar as expectativas para a recuperação do setor.
O fato é que devemos perceber uma recuperação da indústria nacional nos próximos anos e continuaremos a ser grandes importadores de máquinas e implementos agrícolas, especialmente em função das ações dos países asiáticos.
Conhecendo mais sobre os negócios envolvendo equipamentos agrícolas, leia também nosso post que apresenta os resultados na importação e exportação de maquinários!
Fontes:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br